domingo, 16 de junho de 2019

Cultura Judaica

Autoras: Beatriz Aparecida Pereira dos Santos e Rosimene do Nascimento Silva - 9B e Eduarda Geovana dos Santos Prado e Natalia Brasileiro Batista- 9C - EMEF Prof. Pe. Prof. Dr. Ramon de Oliveira Ortiz



A Cultura do povo judaico é referente a todo o período da história do povo israelita dos tempos tribais e as primeiras nações até a diáspora e a formação atual do Estado de Israel no século XX.A Cultura Judaica em seu significado etimológico mantém ligação com a região que o povo judeu chama de seu lar e ao Reino de Judá,estudos dos textos da Torá,prática do Tzedaká(caridade) e história judaica.Através da história,em eras e lugares tão diversos quanto o antigo Mundo Helênico,na Europa antes e depois da Era do Iluminismo,no Al-Andalus,Norte da África e Oriente Médio,na Índia e China,e Estados Unidos e Israel.As comunicações judaicas pelo mundo viram o desenvolvimento do fenômeno cultural que são caracteristicamente judaicas,sem ser especificamente religiosas.

Formação de uma nova sociedade

A base política, econômica e cultural da sociedade judaica contemporânea de Israel foi formada em grande parte durante o período de domínio britânico (1917 a 1948). Motivada ideologicamente pelo Sionismo, a comunidade judaica na Terra de Israel desenvolveu instituições sociais e políticas que exerciam autoridade sem soberania, com todos os escalões mobilizados para a consolidação e o crescimento. O voluntariado foi sua estrutura política, o igualitarismo sua cola social.

A conquista da independência política e a imigração em massa que se seguiu dobraram a população judaica de Israel, de 650.000 a aproximadamente 1,3 milhões nos primeiros quatro anos de existência do estado (1948 a 1952), mudando a estrutura da sociedade israelense. O agrupamento social resultante era composto por dois elementos principais: a maioria, composta pela comunidade Sefaradi já estabelecida, colonos Asquenazi veteranos e sobreviventes do Holocausto; e uma grande minoria de imigrantes judeus recentes, dos países islâmicos do Norte de África e do Oriente Médio. Enquanto a maioria da população pré-estado estava comprometida com fortes convicções ideológicas, um espírito pioneiro, e um modo de vida democrático, muitos dos judeus que viveram durante séculos em terras árabes aderiam a uma organização social patriarcal, e tiveram dificuldades em integrar-se à sociedade de Israel e sua economia em desenvolvimento.

No final dos anos 1950, os dois grupos coexistiam praticamente sem interação social e cultural. Os judeus do Norte da África e do Oriente Médio expressavam sua frustração e alienação em protestos contra o governo, que, na década de 1960 e 1970, viraram exigências por uma maior participação política, alocação de recursos compensatórios e ações efetivas para ajudar a reduzir as diferenças entre eles e os israelenses mais antigos. Além das tensões geradas pela diversidade de sua população ao longo dos anos, a sociedade israelense também teve de lutar pela independência econômica e defender-se contra ações beligerantes dos árabes do outro lado da fronteira. Ainda assim, os denominadores comuns da religião, da memória histórica, e da coesão nacional dentro da sociedade judaica mostraram-se fortes o suficiente para superar os desafios.

Diversidade religiosa

Desde os tempos bíblicos, os judeus são um povo com uma fé monoteísta, o judaísmo, que representa um componente tanto religioso quanto nacional. Por volta do século XVIII, a maioria dos judeus do mundo vivia na Europa Oriental, onde foram confinados a guetos e tinham pouca interação com as sociedades ao seu redor. Dentro de suas comunidades, eles lidavam com seus próprios assuntos, aderindo ao corpo da lei judaica (Halachá), desenvolvida e codificada por eruditos religiosos ao longo dos séculos.

O espírito de emancipação e nacionalismo que varreu a Europa do século XIX gerou o desenvolvimento de uma abordagem mais liberal de educação, cultura, filosofia e teologia. Também deram origem a vários movimentos judaicos, alguns desenvolvidos ao longo de linhas religiosas liberais, enquanto outros defendiam ideologias nacionais e políticas. Como resultado, muitos judeus, e, finalmente, a maioria, rompeu com a ortodoxia e seu modo de vida, com alguns se esforçando para integrar-se completamente à sociedade em geral.

A sociedade judaica em Israel hoje é composta por judeus praticantes e não praticantes, abrangendo desde os ultraortodoxos até aqueles que se consideram seculares. No entanto, as diferenças entre eles não são claras. Se a ortodoxia é determinada pelo grau de adesão às leis judaicas e práticas religiosas, então 20% dos judeus israelenses se esforçam para cumprir todos os preceitos religiosos, 60% seguem alguma combinação das leis de acordo com escolhas pessoais e tradições étnicas, e 20% são não praticantes. Mas como Israel foi concebido como um Estado judaico, o Shabat (sábado) e todas as festas judaicas e dias santos foram instituídos como feriados nacionais e são celebrados por toda a população judaica e observados por todos, em maior ou menor grau.

Outros indicadores do grau de adesão religiosa poderiam ser a porcentagem de pais que optam por dar a seus filhos uma educação religiosa ou a porcentagem dos eleitores que votam em partidos religiosos nas eleições nacionais. No entanto, a validade dessas estatísticas é incerta, pois pais não praticantes podem matricular seus filhos em escolas religiosas e muitos cidadãos ortodoxos votam em partidos políticos não religiosos.

Basicamente, a maioria pode ser caracterizada por judeus seculares que manifestam estilos de vida modernos, com graus variados de respeito e prática dos preceitos religiosos. Dentro dessa maioria, muitos seguem uma forma modificada da vida tradicional, com alguns optando por afiliar-se a uma das correntes religiosas liberais. Dentro da minoria observante, tanto sefaradi e asquenazi, são muitos os que aderem a um modo de vida religioso, regulado pela lei religiosa judaica, e participam da vida nacional do país. Eles consideram o estado judaico moderno como o primeiro passo para a vinda do Messias e a redenção do povo judeu na Terra de Israel.

Em contraste, alguns dos judeus ultraortodoxos acreditam que a soberania judaica na Terra pode ser restabelecida somente após a vinda do Messias. Mantendo estrita observância à lei religiosa judaica, eles residem em bairros separados, têm suas próprias escolas, vestem roupas tradicionais, mantêm papéis distintos para homens e mulheres e um estilo de vida estritamente definido.

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