domingo, 16 de junho de 2019

Sobreviventes do Holocausto Judeu

Autores: Jeniffer Alessandra Moreira Bezerra, Karen Primo da Silva, Hendren Cauã dos Santos, Maria Júlia de Assis, Mateus Brito Matsuoka e Sabrina Navarro dos Santos Rosa - 9A - EMEFM Emílio Amadei Beringhs

Referência: Maria Yefremov mostra foto da irmã Olga Bruanoto 


A historia das guerras costuma ser contada a partir do ponto de vista masculino:soldados e generais,algozes e libertadores. Trata-se,porem,de um equivoco e uma injustiça que merecem revisão histórica.Se de fato em muitos conflitos as mulheres ficaram na retaguarda(condição essencial),efetivamente foram a luta. E aqui estamos trazendo alguns depoimentos de sobreviventes do holocausto para mostrar um pouco do que eles passavam e sofreram na mão de Hitler.


"Lembro que estava deitado no chão. Aquele garoto disse: “Meu Deus! Olhe!“... Eles começaram a levantar as pessoas do chão. Mas a maioria já estava morta. Aquelas poucas pessoas que estavam vivas foram colocadas em caminhões e levadas a hospitais. Lhes deram água. Lhes deram alimento da Cruz Vermelha. O que também era ruim, porque quando as pessoas recebiam comida, tinham tanta fome que não podiam aguentar e comiam tudo de uma vez. Centenas de pessoas morreram porque seus estômagos estavam  desacostumados a receber alimento. Ao meu lado havia uma pessoa, talvez um médico, que também estava quase morrendo. Quando lhe deram a bolsa com comida, ele me disse: ”Não coma nada. Se você comer algo, morrerá. Pegue apenas aquele pedaço de açúcar, coloque na boca e chupe. Só isso podemos comer por enquanto, o resto não". E ele tinha razão." (Abraham Levent) 

Após a libertação dos campos de concentração nazistas e o término da Segunda Guerra mundial em 1945 a humanidade passou a tomar conhecimento através de inúmeras memórias de ex-prisioneiros os horrores vividos pelos judeus capturados pela política Nazista. Ao compararmos essas memórias é possível analisar as diferentes maneiras com que cada autor lida com os traumas vividos, a dor, as angustias e as percas. Podemos ainda constatar uma variação quanto ao modo de encarar e expor as memórias do holocausto por aqueles que publicaram suas obras logo após sua libertação e aqueles que as escreveram algumas décadas depois, num outro contexto sócio-cultural. Possivelmente, o tempo já tenha dado a eles a chance de superarem suas perdas, ou mesmo retirado de suas lembranças muitos detalhes, ou ainda, feito com que encarassem o ocorrido de uma outra forma. Assim, a história passa a ser recontada e reinventada a cada dia sobre diferentes visões. Por isso selecionamos alguns trechos em diferentes formas e vamos apresentar aqui, e mostraremos a importância de conhecermos a História por Testemunhas Oculares.

"Uma garota da minha escola também estava no gueto, junto com sua mãe. Ela ficou doente rapidamente e a iam deportar. Foi então que todas nós, suas amigas, decidimos dar a ela parte de nossa porção diária de comida. Você não imagina o que significava naquele tempo compartilhar a comida. Além disso, havia apenas um par de luvas. Como fazia muito frio, fazíamos turnos para usá-las. Fazíamos isso para que todos, pelo menos durante alguns minutos, pudessem esquentar os dedos. Não sei de quem eram as luvas, mas eu as encontrei e as fiz de todos. Quando nos reunimos na Inglaterra após a guerra, uma delas me perguntou: "Blanka, você se lembra das luvas?". Eu respondi que sim, que me lembrava..." (Blank RothSchild)

Tínhamos tesouras. Cortávamos os cabelos deles. Jogávamos o cabelo no chão e isso não podia durar mais de 2 minutos. Até menos de 2 minutos, porque atrás havia uma fila de mulheres esperando a sua vez. Era assim que trabalhávamos. Era muito difícil. Difícil porque alguns dos cabeleireiros reconheciam na fila pessoas queridas: esposas, mães e até mesmo avós. Imagine isso: tinham que cortar o cabelo delas, mas não podiam trocar uma palavra sequer, porque era proibido. Se soubessem o que os esperava, que 5 ou 7 minutos depois eles seriam colocados em uma câmara de gás, teriam entrado em pânico e, de outra forma, todas elas também teriam sido assassinadas. (Abraham Bomba)

Muitas das evidências a respeito dos campos de concentração e do holocausto judeu foram destruídas pelos próprios nazistas, assim que a derrota para os aliados ia se concretizando, no entanto, o plano de “Solução final” que tinha como meta extinguir os judeus da Europa não alcançou seu objetivo. Mesmo assim, ao término da Guerra, a política nazista havia matado cerca de seis milhões de judeus e os horrores vivido por eles nos campos de concentração para onde eram enviados, afim de servirem de escravos e serem encaminhados a morte, começavam a serem publicados através da memória daqueles que presenciaram e sobreviveram a este inferno. Aos poucos o mundo ia tomando conhecimento das atrocidades cometidas contra esse povo, por meio de inúmeros relatos publicados a partir de 1945 com a libertação dos campos.







                                                                                                      

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